O ano de 2016 foi marcado por altos e baixos, tanto no setor agrícola quanto na economia. As grandes secas no Nordeste e o regime de chuvas muito pesado no sudeste e sul, eventos extremos causados por um dos maiores El Niños da história, causaram perdas enormes em grande parte dos setores da agricultura. Já a economia patinou durante todo o ano, e ainda deixa o produtor em alerta.
Com um cenário pouco ou nada favorável no ano que passou, quais são as expectativas para o ano de 2017?
As dúvidas quanto a chegada do La Niña, fenômeno climático oposto ao que atingiu a América Latina no ano passado, foram solucionadas, e ele já está agindo. Produtores do Nordeste já estão comemorando as chuvas após quase 3 anos de escassez, e os do Sul devem ficar atentos à possibilidade de um verão um pouco mais seco. Por outro lado, o La Niña está sendo avaliado como fraco, então seus efeitos não serão intensos, e ele deve durar apenas até o fim do verão.
Um cenário favorável para a agricultura no ano que vem ia ser de grande ajuda para a economia, que vem de muitos tropeços em 2016. O PIB do 3o trimestre do ano foi divulgado recentemente, e preocupou por ter uma queda maior do que o anterior, inclusive na agropecuária, que foi de -1,4%. Isso acaba gerando uma incerteza, e diminuindo as previsões de recuperação para 2017.
Preparando-se para 2017
O produtor que está se preparando para as safras do próximo ano deve observar esses dois cenários, mas também precisa buscar novas formas de economizar e potencializar sua produção.
O desperdício na agricultura é alto, com cascas e alimentos fora do padrão de comercialização totalizando em torno de um terço do que é produzido no Brasil. O reaproveitamento é um grande passo para uma produção mais eficiente, e pode ser feito através da compostagem desses resíduos: é possível reutilizar 100% dos resíduos de hortaliças para a produção de adubo orgânico, um grande benefício também para quem procura uma certificação de produtor orgânico.
Outra forma de se preparar para 2017, e ainda de um modo sustentável, é adotando água de reuso para irrigação, como já comentei anteriormente. De Norte a Sul do país temos exemplos de água de reuso garantindo economia de água e redução da quantidade captada de mananciais, como é o caso das lavouras de arroz que conseguem irrigar uma área de 270 hectares com essa técnica.
Por fim, você pode agir diretamente no seu pós-colheita para ter um ano mais produtivo. Automatizar sua produção faz com que seus processos se tornem mais rápidos e eficientes, com um menor custo final. Se sua produção já está equipada, já conversamos sobre a importância da manutenção preventiva, e manter suas máquinas e equipamentos sempre revisados pode ser decisivo para economizar em 2017!
Como você está se preparando para 2017? O que espera da sua produção no ano que está por vir?